Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Desde julho de 2018, a ampla estrutura do Hospital Regional funciona com um único ambulatório e não me parece muito simples a abertura integral do complexo. Na quarta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou o estudo técnico realizado pela Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), gestora do Regional Centro, sobre custos e captação de recursos para o funcionamento integral. Serão necessários R$ 72 milhões em equipamentos e um custeio mensal de R$ 8 milhões para pagamento de salários, compra de materiais e medicamentos de rotina. Os valores calculados são para 130 leitos nas especialidades de cardiologia, neurologia e traumatologia.
Estudo estima investimento de R$ 72 milhões para equipar o Hospital Regional
As lideranças regionais e o próprio Palácio Piratini apostam as fichas no governo federal para conseguir os R$ 72 milhões e equipar o Regional. Com esse propósito, vão a Brasília no dia 8 de abril. Mas, como o Palácio do Planalto só tem anunciado economia e cortes de gastos, infelizmente, não acredito que o Ministério da Saúde colocará a mão no bolso para bancar o recurso, que não é muito pouco, mesmo para uma pasta acostumada com grandes cifras. E antes de abrir leitos, o ministério precisa ajudar com verbas os hospitais já em funcionamento Brasil afora. Normalmente, o Ministério da Saúde, como esclareceu em nota ao Diário, não repassa valores diretamente aos hospitais e, sim, aos fundos municipais e estadual que fazem a partilha do recurso. A realidade não é muito animadora para o Hospital Regional e muito menos para a população da região que esperou uma década para o complexo de saúde abrir as portas.